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                   Foto:  bo.linkedin.com/in/karen-l%C3%B3pez-chispas-9b839170  
                   
                  KAREN LÓPEZ CHISPAS  
                  (  BOLÍVIA )  
                    
                  Advogada  com especialização em Dereito Constitucional; Formada em Comunicação Social. Litígio estratégico em defesa de direitos de populações  vulneráveis. 
                    
                  TEXTO EN ESPAÑOL  -   TEXTO EM PORTUGUÊS 
                    
                  
                  OJOS DE PERRO AZUL — Revista para jovens leitores.  Diretor:  Cristian López Tallavera. Portada (capa): Xavier Xinga.  Quito, Ecuador: Noviembre 2009.  60 p.      Ex. biblioteca de Antonio Miranda  
                    
                  VERSOS 
                   
                  Puedo escribir los  versos más tristes esta noche… puedo… 
                    pero no me da la más reverenda gana, 
                    mi lápiz moribundo ni siquiera puede dibujar trazo alguno, 
                    y éstas letras son el desquiciado balbuceo de la vida entrecortada 
                    de un delirio inconstante que tras sonreír diabólicamente 
                    se apodera del epiléptico carbón de este pedazo de madera 
                    procesado. 
                    Esta pálida hoja mutilada 
                    no hace más que recopilar 
                    y absorber la sangre derramada 
                    tras el llanto silencioso de mi alma. 
                    Versos, malditos versos, tristes, 
                    sangrientes y frenéticamente dolorosos, 
                    versos que se contienen pero se desbordan, 
                    que se gritan peo se callan, 
                    que se ocultan pero todo el mundo sabe. 
                    Versos, inútil prosa expandida, derramada, 
                    en una inocente y pulcra hoja que no tiene la culpa de 
                    contenerlos. 
                    Malditos versos, miserables versos 
                    que no son sino el tenue paso de un lápiz fallecido 
                    cubierto de fútil basura y vómito podrido, 
                    de este amargado corazón  que soporta su  olorosa podredumbre 
                    pues tiene la osadía de caminar después de muerto. 
                    Aún inerte, desparramada en esta cama destendida, 
                    muerta, mutilada, aún en este estado, aún así los malditos 
                    versos, surgen de la sangre que corre por mi habitación, aún 
                    muerta, ¡aún muerta! estos malditos versos habían de este 
                  corazón que muerto sigue latiendo por ti. 
                   
                     
                    
                  TEXTO EM PORTUGUÊS 
                    Tradução de ANTONIO MIRANDA   
                    
                                                     VERSOS 
                   
                  Posso  escrever os versos mais tristes esta noite… posso… 
                    mas não dá a mais reverenda vontade, 
                    meu lápis moribundo nem sequer consegue desenhar traço algum,  
                    e estas letras são o derrapado balbuceio da vida entrecortada 
                    de um delírio inconstante que faz sorrir diabolicamente 
                    se apodera do epiléptico carvão deste pedaço de madeira 
                    trabalhado. 
                    Esta pálida folha mutilada 
                    não faz mais que recopilar 
                    e absorver o sangre derramado 
                    detrás o pranto silencioso de minha alma. 
                    Versos, malditos versos, tristes, 
                    sangrentos e freneticamente dolorosos, 
                    versos que se contêm mas se transbordam, 
                    que gritam mas se calam 
                    que se ocultam mas todo o mundo conhece. 
                    Versos, inútil prosa expandida, derramada, 
                    numa inocente pulcra folha que não tem a culpa de 
                    contê-los. 
                    Malditos versos, miseráveis versos 
                    que não são senão a tênue passagem de um lápis falecido 
                    coberto de fútil sujeira e vômito podre, 
                    deste amargurado coração  que suporta sua  olorosa podridão 
                    porque tem a ousadia de caminhar depois de morto. 
                    Ainda inerte, esparramado esta cama estendida, 
                    morta, mutilada, ainda  neste estado, ainda  assim os malditos 
                    versos, surgem do sangue que corre por minha habitação, ainda 
                    morta, ainda morta! estes malditos versos habitam este 
                  coração que, morto, segue pulsando por ti. 
                    
                  * 
                   
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                  Página publicada em março de 2024. 
                  
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